O professor é uma figura fundamental, sobretudo nos primeiros anos de contato com a leitura, porque multiplica as chances de letramento, amplia a capacidade de compreensão dos textos e compartilha com seus alunos a paixão pelas leituras, abrindo espaço para a autonomia futura, o protagonismo comunicativo e a interação crianças/livros. No âmbito literário, o professor é uma referência para a democratização do saber, porque cria acessos culturais, é essencial na seleção plural de gêneros e também incentiva o hábito leitor na rotina escolar, fomentando o interesse por textos e suportes gráficos diversificados. Além disso, o professor torna-se mediador de comunicações, informações e conhecimentos, ajuda os alunos no desenvolvimento argumentativo dos pensamentos lógicos e abstratos, além de ser aquele que expressa um exemplo (leitor) e desenvoltura diante de leituras prosea das, poéticas, literárias, informativas, tradicionais e contemporâneas. A ação do mediador de leituras pode ampliar a capacidade de compreensão dos alunos bem como motivar a interpretação livre, expansiva, dos textos selecionados. Ações motivadoras fazem toda a diferença na experiência escolar: criam engajamento, empenho, reações positivas por parte dos alunos. No que se refere às leituras literárias, o permanente estímulo a diálogos e ao desenvolvimento do pensamento expressivo pode ser muito entusiasmante. Recursos de apoio como teatralizações, fanfics, recontos coletivos, clubes de leitura e saraus, por exemplo, são bem-vindos quando se pautam em expressividade criativa, troca de ideias, ganho aplicado de repertório vocabular, expansão de saberes culturais, motivação interpessoal e elaboração de rotinas pedagógicas adequadas às diversidades – individuais e coletivas, locais e nacionais do território brasileiro.