A obra parte do entendimento de que se precisa buscar, por meio de uma regressão simplificadora, a origem produtora das alterações trazidas ao mundo por esse modo de ser tão peculiar que é o nosso, o humano, na expectativa de assim atingir uma melhor compreensão do que nos diga respeito mais proximamente, como é o caso do Direito. Sobretudo o teatro, enquanto arte viva, do corpo, tem essa virtude revigoradora, beneficiando-nos, assim como ao Direito que fazemos e, também, nos faz, autopoeticamente, como a própria vida. Em especial, importa situar em nosso país, em nossa cultura, fomentada artisticamente, a fonte mais imediata dessa renovação constante de valores, que se faz tão necessária ao Direito, logo, à sociedade que cabe a ele proteger ou, pelo menos, não atacar, como, estarrecidos, temos contemplado e denunciado, em textos nos quais analisamos o que tratamos como sendo uma crise autoimunitária. Buscamos assim desenvolver antídoto jurídico-político ao que podemos caracterizar como um vírus e sua pandemia social, que veio a ser agravada e exposta - por aquela propriamente viral, de Covid-19, que nos acomete, a saber, a praga do neoliberalismo, cada vez mais associada a posturas anti-democráticas, outra praga que se dissemina, consorciada a ela, tal como se fora uma infecção oportunista. Os Coordenadores.