O que você faria se, de repente, acordasse no corpo de uma lagarta? Essa é a situação fantástica que acontece com Clara, a protagonista de Atequenfim: o despertar de uma caixa cor-de-rosa, escrito por Paula Mazzola. Quando ela vai passar as férias no sítio dos avós e transforma um pequeno objeto de madeira em um lar para os insetos do local, embarca nesta aventura inusitada que a aproximará dos pequenos animais.Enquanto busca uma saída para retornar ao mundo que sempre conheceu, conta com a ajuda de um louva-a-deus, um tatu-bola, um caracol, uma formiga e muitos outros bichos. Uma humana transformada em inseto, a personagem principal vai aprender como os elementos da natureza se relacionam para que o planeta Terra exista. Ela também perceberá, em uma jornada tão improvável quanto reflexiva, que todas as ações das pessoas impactam o ecossistema, como um efeito-borboleta, no qual até a menor das mudanças pode ter grandes consequências no futuro. A obra apresenta uma série de simbolismos e ensinamentos que conscientizam os jovens sobre a importância de cuidar do meio ambiente. Na narrativa, a figura da minhoca, associada à terra, representa a conexão com as raízes, já a cigarra, com seu som constante, retrata a força de escutar a voz interior. A partir desses elementos, a autora utiliza o livro como recurso para transformar a visão do público infantojuvenil acerca de suas responsabilidades com o planeta.